"Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo"

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História

Sua história começou no ano de 1959 através da iniciativa da Sra. Cândida Salvador Martins – a Dona Cândida – e do Sr. Maceió de Goiaz Leite, que se conheceram em outros centros espíritas existentes na época, mas por vontade de exercerem um trabalho diferente, fundaram o CEGAL. O lote na Rua 240 no setor Coimbra, foi doado pelos irmãos Azor Pires de Morais e Higino Pires Martins, frequentadores das reuniões iniciadas pela Dona Cândida. O Sr. Luiz Gervásio, juntamente com D. Adelina, sua esposa, e os senhores Osvaldo Benelli e Décio Leão também foram árduos trabalhadores do inicio do nosso centro.

No inicio eram realizados estudo do evangelho, tratamento espiritual, almoços e a campanha do quilo, que fornecia doações para cerca de oitenta famílias cadastradas. Em entrevista realizada em 1996 pelos companheiros Gebaldo e Revorêdo, Dona Cândida, hoje desencarnada, explicou: “Eu catava tudo isso, na mão, assim ó: roupa, comida. Dava o almoço uma vez por mês pra mais de oitenta pessoas! […] Vinha o povo de Goiânia, vinha o prefeito, prá tudo comer. Isso aqui é comida. Isso é comida pra pobre? Nem rico come assim! […] Eu saía na rua pedindo, de porta em porta”.

 

Creche Espírita Amazília Neto

Em meados de 1970 o lote da Rua Campinas – onde funciona hoje as Obras Sociais do CEGAL – foi doado pelo Sr. Teófilo após o desencarne de sua esposa, a Sra. Amazília Neto. Segundo D. Cândida ele doou a pedido dela antes de desencarnar. Como sua esposa desencarnou no momento do parto, o Sr. Teófilo pediu para que ali fosse construída uma maternidade. Segundo o Sr. José Faleiro, ele doou apenas metade do lote. A outra metade foi trocada a pedido de Sr. Maceió por outro lote que o CEGAL possuía em uma região ali perto. Mas o projeto de construir uma maternidade, era inviável, pois demandava uma estrutura financeira que o centro não possuía naquele momento. Com isso, os projetos mudaram para a construção de uma creche, a “Creche Espírita Amazília Neto”, em homenagem aos doadores.

Segundo Sr. José Faleiro, esta foi uma época de grandes mutirões e grandes dificuldades, principalmente dificuldades financeiras em manter o terreno. “A construção do prédio das obras demorou ao todo dez anos. […] Começamos em agosto de 1983 e só concluímos em 1993, não me recordo exatamente o mês”, explica. Mas com a persistência e a garra de todos, os problemas foram sendo sanados pouco a pouco. Dentre estes problemas Dona Cândida destaca em sua entrevista um episódio envolvendo o pagamento do asfalto: “[…] o asfalto eu fui lá no centro e falei com o Sr. Osvaldo, a turma lá: olha, tem que pagar o asfalto. Tão me cobrando lá, o asfalto. E o seu Osvaldo me respondeu: Dona Cândida é mais fácil arrancar minhoca aqui do asfalto do que a senhora arrumar Cr$ 25.000,00 pra pagar. E eu falei: não é seu Osvaldo. Vocês não querem pagar o asfalto, mas a cobrança ta vindo, e eu preciso pagar. […] 25.000,00 naquele tempo era muito dinheiro. […] Aí eu falei: pois eu vou fazer uma lista e vou pagar esse asfalto. Eu fiz a listinha. Saí num dia eu arrumei os vinte e cinco mil. Fui lá e paguei. Trouxe o recibo e entreguei pro seu Osvaldo. […] Teve uma senhora que doou sete mil! E eu nem conhecia! Nem conhecia!”

 

Escola Profissionalizante Amazília Neto

Por volta de 1980 o CEGAL começou a receber doações em dinheiro da Fundação Alemã Lateinamericana Zentrum E.V, primeiro para os maquinários da Escola Profissionalizante Amazília Neto, que era uma escola que ensinava adolescentes carentes a fabricar botinas, sandálias e sapatos. Estes adolescentes eram atendidos pelo projeto “Pequeno Trabalhador” que era coordenado pela companheira Rosana, filha da Dona Maria Rosa e do Sr. Camilo, hoje coordenadora de outra casa espírita. Mais a frente, esta fundação doou uma parte considerável do dinheiro responsável pela construção do Posto de Assistência do Jardim das Oliveiras. Quanto ao projeto da creche “como o prédio demorou dez anos para ser concluído, o bairro mudou o seu perfil de moradores, daí propuseram a criação de uma escola, pois atenderia melhor o local”, explica Sr. José Faleiro.

 

Centro e Escola Espírita André Luiz

Hoje vários companheiros que iniciaram essa luta já desencarnaram, mas nem por isso deixaram de trabalhar. Eles estão sempre conosco nos mostrando a sua companhia, o seu apoio e a sua força em todos os trabalhos realizados nesta casa bendita. Portanto, temos muito que festejar neste jubileu de ouro sim, mas nunca podemos nos esquecer destes exímios companheiros que construíram com tanto amor e afinco essa casa que hoje é um recanto bendito para as nossas almas, e principalmente nos lembrar sempre do nosso compromisso com o trabalho desta casinha de luz, que ainda vai permanecer por vários e vários cinquentenários!